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India-Brazil Business Forum

A passagem da comitiva oficial brasileira pela Índia contou com importantes discussões acerca de vários âmbitos que unem estes países, sendo eles agricultura, abastecimento, tecnologia, energia e investimentos . Para tais questões estavam presentes a Ministra de agricultura, pecuária e abastecimento, Sra. Tereza Cristina, o Ministro de Minas e Energia, o Sr. Bento Albuquerque, e o Ministro Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação, Marcos Pontes.




Sra. Tereza Cristina, Ministra de agricultura, pecuária e abastecimento:

É um prazer compartilhar elementos do agronegócio brasileiro. Nós já somos uma potência agropecuária e ainda temos muito espaço para continuar crescendo. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de produtos agrícolas, o maior importador e exportador de produtos importantes como açúcar, café, soja, suco de laranja e carne de frango, entre outros. E além disso, somos um país com capacidade de expandir significativamente a oferta de alimentos de forma sustentável. Temos um mercado doméstico muito grande, mas a parte de nossa produção que é vocacionada ao mercado externo contribui muito para a garantir a segurança alimentar e nutricional global. Somos acompanhados de organizações respeitadas, como FAO e OCDE, que apontam cenários globais, marcados pelo rápido aumento da demanda por alimentos, energia e recursos naturais básicos, como água potável. Ao mesmo tempo, há exigência para que essa demanda seja atendida com impacto ambiental mínimo e baixo custo. É o que buscamos fazer com o Brasil, crescer preservando os recursos ambientais. Queremos concretizar a vocação e nos tornarmos efetivamente uma potência agroambiental global. O crescimento da atividade agropecuária e a sustentabilidade ambiental não são ideias conflitantes. Pelo contrário, agricultura é um dos setores mais afetados pelos efeitos das mudanças climáticas. Temperaturas médias mais altas, mudanças nos regimes de chuva, aumento na frequência e intensidade de eventos climáticos aumentam a possibilidade de danos causados por pragas que podem afetar fortemente o trabalho no campo. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil tem defendido fortemente práticas com baixa emissão de carbono que incluem a recuperação de pastagens degradadas, integração lavoura, pecuária, floresta e o uso do plantio direto, o qual eu tive o prazer de conversar com alguns Ministros aqui, na semana que passei na Índia, e disseram que apresentam curiosidade de conhecer o mecanismo de plantio direto do Brasil, que é uma agricultura tropical e desenvolvida pela nossa gente, nossa tecnologia e nossa EMBRAPA. Esses esforços são reconhecidos pelos nossos parceiros. O Brasil já exporta seus produtos agropecuários para mais de 160 países. Ressalto, contudo, que as exportações ainda são concentradas em um número limitado de produtos e aqui, nesta missão, saio convencida da cooperação e das convergências que podemos ter entre Brasil e Índia. Buscamos diversificar cada vez mais a nossa pátria, levo para o Brasil um ganho que é a abertura da exportação do gergelim do Brasil para a Índia, grande produtor desta commodity, mas que o Brasil poderá também contribuir suprindo a demanda deste gergelim que é tão importante para uma nova cultura que o Brasil vem desenvolvendo. E, Presidente, já vamos também dar um resultado significativo abrindo para exportações de semente de milho, levando a tecnologia indiana para o Brasil, muito importante para o começo de cooperação entre os nossos países. O Governo brasileiro vê com bons olhos todos os investimentos voltados à diversificação da produção nacional, e a ampliação de mercados. Iremos avançar para além dos atuais 7% de participação do Brasil no comércio mundial agrícola. Cabe igualmente ressaltar a importância da ampliação nos investimentos em inovação, outra área na qual podemos cooperar cada vez mais. O crescimento exponencial do setor agropecuário nos últimos 40 anos que colocou o Brasil entre os líderes mundiais no setor foi fruto do casamento bem sucedido entre recursos naturais abundantes, pesquisa científica de ponta e empreendedorismo dos nossos agricultores. A manutenção dessa liderança passa, necessariamente, pelo aprofundamento de pesquisas científicas em inovação. Mesmo com cifra por vezes espantosas da exportação do nosso agro, o percentual relativo de empresas brasileiras que exportam ainda é muito baixo. Mas estes números vem crescendo nos últimos anos, acreditamos que a internacionalização dos negócios é uma tendência natural das empresas que concorrem no mercado cada vez mais globalizado. O setor produtivo tem buscado oportunidade em países com ambiente de negócios favorável que ofereçam incentivos e garantias a investidores estrangeiros, da mesma forma que estamos trabalhando para implementar medidas para tornar o Brasil mais atrativo para as empresas estrangeiras. Essa é uma meta que tem sido dada pelo Presidente desde o início de seu Governo para melhorar a imagem internacional da agricultura brasileira, apresenta-la exatamente como é: inovadora, dinâmica, responsável, lucrativa e sustentável. Destaco que o potencial para o comércio e investimento dentro do Brasil é enorme e precisa ser aproveitado. Também volto muito feliz que neste acordo estamos tratando de genética, de banco de germoplasma entre os países, talvez esta seja a primeira grande abertura que teremos em curto tempo. Tenho plena convicção que a ampliação destas trocas resultará rapidamente em crescimento socioeconômico para nossos países.


Sr. Bento Albuquerque, Ministro de Minas e Energia:

[...] Antes desta visita de Estado, um momento decisivo na relação estratégica entre Índia e Brasil, tive a oportunidade de realizar uma extensa agenda que contribuiu para implemente relações de cooperação, integração e promoção de oportunidades de negócios no setor de energia e iluminação entre nossos países.

Destaco o seminário de negócios sobre as oportunidades Índia-Brasil em energia e iluminação reunidas pela Embaixada e pela Apex há quatro dias, no qual tive o privilégio de ser acompanhado pela ministra Tereza Cristina, ministra Singh, da New and Renewable. Energia da Índia e outros vários CEOs, representantes de alto nível de ambos os países. Nessa oportunidade, recebi uma mensagem importante, sobre a qual gostaria de enfatizar neste momento. Vindo de um investidor da Índia no Brasil, ele observou que procurava muito mais comércio e muito mais amizade entre nossos países. Nesse sentido, o Brasil é um país confiável para investidores estrangeiros. Nisso, como investidor, também se sentiu como nação no Brasil. Sr. Presidente, o formulador de políticas e o setor privado falam a mesma língua quando se referem ao Brasil. A conclusão é clara: os investidores no Brasil, principalmente os indianos, veem coerência entre política e regulamentação no ambiente de negócios no Brasil. Sr. Presidente, o que mais poderíamos esperar da sua visita de Estado à Índia? Eu acredito que é apresentar as claras complementaridades que servirão de base para o desenvolvimento socioeconômico de nossas nações. Permita-me mostrar alguns deles. Primeiro, somos economistas e a base de nossas exportações para a Índia é o petróleo. Há espaço para muito mais. O Brasil também está caminhando em ritmo acelerado e compartilhamos os mesmos interesses. Temos que nos encontrar mais perto. Quanto mais ele se ajuda, mais oportunidades surgirão. Acreditamos que, com a Índia, podemos fornecer ao mundo um centro de desenvolvimento dinâmico, produtivo e inovador.


Marcos Pontes, Ministro Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação:

[...] Temos empresas de variados portes, startups, ideias diversas em produtos e serviços que certamente precisam de estrutura, tecnologia e um ambiente propicio de negócios. Todos esses aspectos nós temos como melhorar entre os dois países, e o que não podemos esquecer são as pessoas que fazem isso tudo acontecer. Como as pessoas desenvolvem suas ideias e superam suas dificuldades. É necessário estudar, persistir para prosperar e chegar mais longe. O sucesso está ligado à atitude de cada uma das pessoas. É importante também ter a estrutura necessária para que isso funcione. Assim, gostaria de ressaltar a missão do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação de produzir conhecimento, produzir riquezas para o país, contribuir para a qualidade de vida das pessoas. Existem quatro áreas de tecnologias que são prioritárias dentro do Ministério: I - tecnologias estratégicas, sendo a aeroespacial, nuclear, segurança cibernética, inteligência artificial, materiais avançados. II – tecnologias de produção para a indústria. III – tecnologias para o desenvolvimento sustentável, como biotecnologia, cidades inteligentes. IV – tecnologias sociais: vitais para a qualidade de vida das pessoas, como saúde, saneamento e necessidades especiais. O trabalho do Ministério é concentrado nestas quatro áreas, procurando melhorar a qualidade de vida das pessoas e a produtividade das empresas. Nesta cooperação entre Índia e Brasil, nós temos grandes desafios mas também grandes oportunidades para empresas de todos os tamanhos e muitas ideias que podem se desenvolver em ambos os países. Sobretudo nas áreas de biocombustíveis, aeroespacial, segurança cibernética, processos 5G, inteligência artificial, saúde 4.0, indústria 4.0, agricultura 4.0. Não podemos esquecer do setor aeroespacial, sobretudo com o Centro de Alcantara, que aporta empresas de diversos setores, como logística, e também o setor de energia, agronegócio e materiais estratégicos. Há um conjunto de possibilidades que o Ministério pode auxiliar no desenvolvimento de empresas brasileiras e indianas, com mais conhecimento e qualidade de vida para os povos no Brasil e na Índia.





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